sexta-feira, 29 de junho de 2012

O USO DA TV E VÍDEO NA SALA DE AULA


É inacreditável hoje como a TV e o vídeo conseguem comunicar-se com a maioria das pessoas, abrangendo tanto crianças como adultos com suas linguagens. O ritmo de crescimento de tal proposta parte do reconhecimento da importância dos meios de comunicação na vida dos discentes e docentes, uma vez que a comunicação de massa constitui um elemento central da sociabilidade contemporânea. A TV e o vídeo na escola vem a ser mais uma porta de entrada do dia-a-dia na sala de aula, aproximando o aluno de conteúdos distantes e suprindo a falta de alguns materiais didáticos, trazendo para ele o aspecto, a cor e a forma de coisas antes nunca vistas.
O atual contexto cultural e tecnológico coloca o estudante e o professor diante desses grandes desafios. São desafios que dizem respeito, em última instância, ao processo de construção da cidadania autônoma e participativa, que está diretamente ligado à apropriação das linguagens e meios de comunicação. Esses desafios estão colocados também à instituição escolar, que precisa estabelecer uma relação entre crítica, produtividade e participação no uso de novos meios e linguagens, formando o educando para interagir com ele.
 A televisão e o vídeo são recursos pedagógicos que
possibilitam ao professor e ao aluno uma maior interação com o saber, visto que
podem trazer várias linguagens de mundo, permitindo uma ampliação do
conhecimento. Esses recursos se bem utilizados servem para dinamizar e fomentar
nos alunos um desejo de aprender, de buscar e interagir com o conhecimento
através das imagens, além de proporcionar momentos riquíssimos de interação com
diversas áreas do conhecimento. Seria maravilhoso que esses recursos fizessem
parte de todas as escolas e principalmente do material didático do professor.
O uso do vídeo como sensibilização, é muito bom na hora de introduzir um novo assunto, pois aumenta a curiosidade e motivação para novos temas. Isso facilita o desejo pela pesquisa nos alunos, promovendo um aprofundamento da matéria do vídeo e do assunto estudado.
Os professores devem ter objetivos definidos que desejam alcançar com o filme que irá assistir com os alunos, como estes aqui: reduzir a passividade do aluno enquanto telespectador; desenvolver nele um senso crítico acerca do universo que o rodeia; fornecer-lhe novas informações e complementar as já recebidas; promover a sua auto-estima; divertir.
 O vídeo pode ser trabalhado de várias maneiras, estando em aberto as possibilidades de utilização. Aqui estão algumas sugestões: como dar ao aluno informações prévias para que venham a compreender o filme; promover debates antes e/ou depois da projeção sobre o assunto; confrontar os fatos mostrados no vídeo com os da experiência dos alunos; discutir o título dos programas antes da projeção, como preparação; confrontar os programas preferidos com os mais detestáveis, buscando o porquê.   
            Não existe uma fórmula para se trabalhar com audiovisuais. Mas é bom lembrar que TV e vídeo estão fortemente associados a entretenimento. Não podemos nos esquecer disto. Levar os alunos para assistir a um vídeo e lhes apresentar uma aula pronta pode não surtir o efeito esperado. Assistir a documentários, trechos de telenovelas, de telejornais e de seus programas preferidos podem dar bons resultados. Isto não quer dizer que aulas prontas não possam ser usadas. Podem, sim, mas desde que bem planejadas, enriquecidas com pausas para que os alunos a comentem e que no fim se promova uma discussão não só sobre o conteúdo explícito como também de coisas que aparecem ao fundo implícitas, quando mostradas. Muitas das aulas com o uso da TV e vídeo são bem interessantes e promovem de forma simples a interdisciplinaridade. A experiência social de percepção e compartilhamento de um mundo comum, na atualidade, encontra-se fortemente dependente da mediação dos meios de comunicação, sobretudo da TV.
No entanto vale à pena salientar que uma aula com vídeo não termina na última cena do filme. É aí que ela começa! No confronto das opiniões, no respeito à ótica do outro, no rever, no congelar a imagem para comentar e discutir e na possibilidade de, inclusive, se discordar do autor está à chave para que o aluno (que também é telespectador) deixe de ser apenas um receptor de informações e se perceba capaz de intervir, interagir e criar. Assim não existem fórmulas prontas, mas sim o uso adequado dos vídeos nas escolas, permitindo que se obtenha resultados positivos na sua aplicabilidade em sala de aula.

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